Objetivou-se neste estudo: compreender as práticas relacionadas ao trabalho da mulher catadora de material reciclável em São Luís- MA; identificar o seu perfil e os mecanismos de poder nas relações de trabalho; bem como destacar sua invisibilidade social. A abordagem é qualitativa, considerando- se seus aspectos, através dos aportes teóricos e metodológicos da história oral, e da memória, oriundos principalmente de Ecléa Bosi (1997) e Walter Bejamin (1994), entre outros, que possibilitaram o entendimento da temática, juntamente com os que embasaram as discussões em torno das relações de gênero. Nos relatos das trabalhadoras investigou-se, os vestígios de seu cotidiano e como elas se veem, sendo integrantes de uma sociedade excludente e preconceituosa. O foco da análise de seus discursos serviu para direcionar a tentativa da compreensão da dinâmica presente na sua prática profissional.  Como também para reflexão sobre o trabalho destas mulheres em sua materialidade, vulnerabilidade, fragilidade e precariedade neste universo da ocupação, com risco iminente de contrair doenças, exposição aos odores exalados do lixo e, também a baixa remuneração. Esses fatores associados contribuíram para o processo de invisibilidade social da Mulher, trazendo consigo uma série de questões complexas, pautadas em estruturas patriarcais. Do entendimento das relações de trabalho nestes espaços, esperamos contribuir para tornar visível a singularidade das mulheres catadoras em um universo social, adverso.

Palavras-chave:Trabalho. Mulheres Catadoras. Invisibilidade social.