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O objetivo do artigo é analisar o projeto “Homens jovens multiplicadores” realizado pelo Instituto Papai, nos anos de 2013 e 2014, que realiza oficinas com adolescentes e jovens da RPA-4 do Recife com vistas a diminuir a vulnerabilidade desta população diante de situações de violência e uso abusivo de álcool e outras drogas. O projeto baseia-se na ideia de que a forma como estão estruturadas as relações de gênero afeta o modo como homens jovens se relacionam com as drogas e com as situações de conflito. Neste sentido, busca intervir na realidade social através do estímulo ao pensamento crítico dos jovens sobre essa questão.  O artigo investiga os três módulos do projeto (formação político-pedagógica em gênero, prevenção das violências e promoção da saúde; metodologia de educação de pares; e arte-educação para a cidadania com foco no teatro) através de entrevistas com os/as educadores/as e participantes e do acompanhamento periódico das oficinas para compreender como se dão os processos de troca e a construção de formas alternativas de masculinidades. As considerações finais às quais se chega com a observação é que mesmo com algumas dificuldades vivenciadas no dia-a-dia do projeto, uma série de transformações vem ocorrendo na forma como os jovens percebem as questões de gênero e sua relação com demais aspectos da socialização.