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GÊNERO E DOCÊNCIA: VISUALIDADES ENTRE/TECIDAS
Maria Emilia Sardelich, Maria Laudiceia Almeida Lira, Maria do Socorro Costa Limeira, Shirley Moreira Tanure

Última alteração: 2015-02-07

Resumo


Vários estudos vêm constatando a predominância de mulheres na profissão docente. A denominada feminização do magistério tem se vinculado à desqualificação e precarização profissional. As categorias sociais gênero e docência nutrem-se da e na ambiência social, em meio às disputas de poder para dizer o que são. Por isso carregam uma multiplicidade de sentidos. É por essa variedade de sentidos que nossa investigação debruça-se sobre os “modos de ver” a docência que circulam entre licenciand@s de Pedagogia, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em um momento em que a profissão conta com reduzido status social. A pesquisa situa-se no âmbito dos Estudos Culturais, na perspectiva da Cultura Visual, compreendendo o visual como lugar de interação social e enunciados de classe, gênero, identidade sexual e racial. Nosso foco não está no que pensamos sobre essas representações, mas sim nas narrativas que essas imagens fazem circular. Exploramos o modo pelo qual as narrativas favorecem determinadas visões de docência. Os resultados apontam para uma visualidade comum de “docência generificada”.  Essas imagens revelam a sexualidade negada da profissional que ocupa o imaginário de licenciand@s, como também regula os corpos discente e docente. Junto a essa visualidade comum emergem imagens enigmas da paisagem midiática.  Essas imagens sinalizam para uma narrativa transmídia, uma “docência provocadora”, que pode forjar-se na cultura da convergência. Uma cultura na qual a própria mitologia pessoal se organiza a partir de fragmentos de informação extraídos do fluxo midiático e constrói subjetividades entre fronteiras.


Palavras-chave


Gênero. Generificação. Visualidade. Formação de professores.

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