Pretende-se estudar o fenômeno da greve, os movimentos operários na Bahia, os fragmentos e filigranas da presença das mulheres trabalhadoras no movimento sindical. Busca, também, identificar como se deu o acesso das mulheres no Sindicato dos Eletricitários do Estado da Bahia – atual SINERGIA – no período de 1980 a 1990, no contexto da redemocratização no Brasil e, ainda, discutir a inserção das mulheres ao mercado de trabalho. De início, consideramos significativo registrar o processo de organização e de articulação política, através da memória social de uma época vivida por gerações de homens e mulheres trabalhadores/as. Para concretizar esse propósito, faz-se uso dos estudos realizados por historiadoras feministas, que discutem o modo como a ciência moderna ignorou a participação política de mulheres nos vários acontecimentos que permearam a vida social, no espaço privado/público. A história e demais ciências insistem ainda no não reconhecimento da disposição e da posição da mulher nos espaços sociopolíticos, negando-lhes o exercício do poder representativo. Serão utilizadas fontes bibliográficas, depoimentos, histórias de vida, memórias individuais e coletivas. A invisibilidade da mulher parece ser traduzida pela sociedade como distinções de gênero, sujeito submetido à subalternidade, negação de sua participação na história, na luta de classe e neste estudo, na representação nos sindicatos.