Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, 18 REDOR

Tamanho da fonte: 
Mulheres na Engenharia: desafios encontrados desde a Universidade até o chão de fábrica na Engenharia de Produção na Paraíba
Luana Kelly de Mendonca, Tatiana Rita de Lima Nascimento, Ricardo Moreira da Silva

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


A necessidade do mercado por profissionais com uma formação sistêmica, culminou em um aumento significativo de postos de trabalho para o Engenheiro de Produção nestes últimos anos. Estudos de Tabak (2002) assinalam que ocorreu um aumento da presença feminina nas instituições de ensino superior, porém, isso não significou um aumento expressivo de mulheres na Engenharia. Pesquisas mais recente de Tozzi & Tozzi (2010) apontam para um crescimento da presença feminina na engenharia de 4% nos anos 70, para 14%, em 2009, porém, na Engenharia de Produção, o comando feminino ainda é inexpressivel em relação ao masculino, pois essa área requer (i) a aceitação da quebra dos padrões masculinos atuais vigentes nas empresas, e (ii) a legitimação da autoridade feminina, por parte dos homens. De fato, em todo legado da história feminina no trabalho, não houve fácil aceitação delas na área. Primeiramente pelo curso de Engenharia de Produção já apresentar uma maior quantidade de graduados homens e também pela mulher ser vista como um sexo frágil, tendo que se impor ao grupo que gerencia (chão-de- fábrica), em sua maioria, ala masculina. Todavia, as mulheres estão rompendo os padrões, quebrando barreiras e se tornando referências na área. Em um estudo feito na Coordenação do curso de Engenharia de Produção Mecânica na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apresentou um avanço onde foi levantado que dos 180 graduados, cerca de 25% são mulheres. Nesse contexto, este artigo tem por objetivo apresentar esse estudo em relação às diferenças entre os engenheiros e engenheiras de produção, mostrando as dificuldades, lutas em relação à igualdade, o desbalanceamento na aceitação do mercado em relação a cada gênero, mas também, as conquistas alcançadas. Uma das conclusões é que as entrevistadas admitem ter que incorporar alguns valores ditos “masculinos” de, por exemplo, não ser possível deixar de cobrar dos subordinados resultados e cumprimento de prazos, mas afirmam elas que tais exigências gerenciais são organizacionais e ambos os sexos devem se submeter; porém a forma de cobrança muda, possibilitando tornar o ambiente de trabalho mais agradável e amigável, sendo esse um diferencial positivo de gênero.


Palavras-chave


Gênero. Engenharia. Desafios.

Texto completo: PDF