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Mulheres negras, racismo e a (não)garantia dos direitos reprodutivos
Emanuelle F. Goes, Hanna Moore, Juliana Figueiredo

Última alteração: 2015-02-08

Resumo


Ainda nos dias de hoje as mulheres enfrentam severa violação dos direitos sexuais e reprodutivos, e no caso das mulheres negras, que tem o racismo como eixo estruturante, determinando as condições de vida e de saúde, limitando o acesso aos direitos universais e humanos. Desta forma este artigo tem como objetivo versar sobre o processo de violação dos direitos reprodutivos das mulheres negras em relação à esterilização forçada, com a apresentação do processo de luta das mulheres negras no Brasil na década de 80 e 90 que se debruçaram pelos direitos reprodutivos, contra ao controle de natalidade e a esterilização em massa que neste período atingiu as mulheres negras severamente, e dois casos de esterilização forçada que atualmente atinge as mulheres negras africanas soropositivas do Quênia e as mulheres negras em situação de prisão na Califórnia, nos Estados Unidos da América. Ao apresentar os casos, consideramos que as lutas precisam ser contextualizadas a partir da realidade atual e local, levando em conta a situação das mulheres negras nas suas diversas dimensões que se interseccionam e funcionam muitas vezes como eixos de opressão e de negação do direito, e as várias categorias que as oprimem precisam ser visibilizadas para que os direitos reprodutivos sejam aplicados, reforçados, repensados e revistos atendendo as diferentes identidades e os diferentes contextos sociais em que essas mulheres estão inseridas.


Palavras-chave


Racismo. Mulheres Negras. Direitos Reprodutivos. Esterilização

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