Última alteração: 2015-02-13
Resumo
Este artigo se propõe a refletirsobre principais epistemologias que mulheres constroem dentro das suas lutas políticas no Movimento Feminista. Desenvolvemos uma discussão sobre embates epistemológicos a partir da discussão e necessidade da pluralização interna e externa da ciência, considerando que internamente quem primeiro elabora a crítica é o Movimento Feminista, e em âmbito externo temos estudos no pensamento pós-colonial que incitam a discussão. Metodologicamente o trabalho parte da abordagem de pesquisa qualitativa, estruturando-se nos moldes da pesquisa bibliográfica. Ainda no campo metodológico, consideramos a construção de estudos que dialoguem com a epistemologia feminista, sobretudo a partir da contribuição de Harding (1988) e as contribuições desta epistemologiana desestabilização de produções de conhecimentos hegemônicos e excludentes. Teoricamente nos aproximamos das reflexões de Santos (2005) e Mignolo (2006) para falar das disputas no campo do conhecimento e, como vozes emergentes do Sul global problematizam e desafiam a atual organização dos conhecimentos visíveis. Encerramos apontando alguns locais de produção e socialização de conhecimentos relacionados a mulheres no país, a Revista Estudos Feministas e o GT23-Anped, situando alguns temas predominantes dentro de um clico de dez anos desses lugares que concentram produções relacionadas a lutas das mulheres, bem como os locais dentre as regiões do país que concentram essas produções.