Um dos instrumentos de resistência e emancipação que as mulheres camponesas vêm utilizando para serem reconhecidas e inseridas é através da participação nas casas de sementes comunitárias. Esse artigo trata-se de um estudo realizado em três comunidades localizadas no município de Massapê, Ceará. Nas comunidades as mulheres coordenam e são associadas e vem contribuindo no fortalecimento e resgate das sementes crioulas, bem como a inserção da mulher abrangendo diversas dimensões de natureza ambiental, política, econômica e social. O objetivo desse artigo é analisar como se da à participação das mulheres dentro desses espaços, a compreensão delas acerca do tema das sementes crioulas e quais as mudanças ocorridas em suas vidas desde que assumiram determinados papéis. Como procedimento metodológico utilizou-se a abordagem de natureza qualitativa através das técnicas de entrevistas semi-estruturados, observação participante e uso da metodologia com grupos focais com os sujeitos da pesquisa. Por meio dessa ferramenta de inserção foi possível identificar que as casas de sementes contribuem para a inclusão da mulher, construção de uma nova forma de pensar e agir trazendo ressignificado para suas vidas.