Este texto analisa as histórias de vida de algumas integrantes, fundadoras e/ou atuais dirigentes, dos Núcleos de Estudos de Gênero vinculados à Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações de Sexo Gênero - REDOR. O objetivo foi identificar através das narrativas biográficas e autobiográficas como se desenvolveu a militância feminista das docentes dentro e fora da universidade, as dificuldades relacionadas à institucionalização dos estudos de gênero na academia, bem como a influência dos estudos de gênero em suas vidas. A análise das dez entrevistas biográficas e cinco autobiografias evidencia que: 1) A maioria das docentes desenvolveram a militância feminista antes de adentrar nas IES; 2) Metade das docentes feministas sofreram discriminação na academia por pesquisar gênero; 3) Algumas afirmam que os estudos teóricos feministas influenciaram suas vidas profissionais e pessoais. O estudo foi financiado pelo CNPq.