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Uma genealogia da Política de Drogas no Brasil: o (não) lugar do homem jovem.
Edna Mirtes dos Santos Granja

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Este projeto se insere no campo de estudos de gênero sobre homens, propondo-se a discutir a relação entre masculinidades e uso de drogas na juventude, a partir da Política sobre Drogas (BRASIL, 2004). O marco referencial considera que: 1) A maior vulnerabilidade de homens jovens a problemas no uso de drogas e as dificuldades de acesso e/ou vinculação aos serviços é uma questão de gênero; e 2) A forma como as discussões de gênero se fazem presentes nas políticas públicas, seja no documento oficial, seja na compreensão das pessoas ligadas à elaboração e/ou implementação da Política, influencia a forma como os homens jovens são reconhecidos, acessam e são acolhidos pelos serviços da rede. A partir de três entrevistas episódicas e semi-estruturadas com gestores que participaram da elaboração da Política, em diferentes esferas da mesma e do estudo dos documentos citados durante as entrevistas, procuramos elaborar um texto genealógico que procura, dentro de uma perspectiva foucaultiana (1979), recontar a história da Política de Drogas no Brasil, a partir dos acontecimentos destacados pelos interlocutores.  Diante destes acontecimentos, discutimos a não inclusão dos homens jovens, problematizando os efeitos desta. Embora os homens jovens se mantenham como a população que mais faz uso e sofre os danos em função desse na população brasileira, tanto os documentos oficiais quanto a fala dos interlocutores parecem não lançar propostas específicas e/ou apontar diretrizes de trabalho e/ou ações, considerando as suas especificidades.


Palavras-chave


Gênero, Masculinidades, Drogas.

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