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Trangeneridade e feminilidade: uma etnografia acerca do que é ser mulher
Dafne Almeida Campos

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


O presente projeto de mestrado visa compreender, através de um olhar etnográfico, como as mulheres trans* constróem e vivenciam a sua feminilidade. De acordo com o senso comum, há uma ligação entre o sexo biológico e o gênero, que faz com que o “ser mulher” seja atrelado à Biologia, ou seja, para ser mulher seria necessário possuir uma vagina. Essa visão do senso comum é bastante estereotipada ao pressupor que a genitália define a identidade de gênero e, mais além, a identidade sexual. A partir das perspectivas transfeministas vemos que existem outros arranjos corporais que vão além do binômio “mulher-vagina/homem-pênis”, como é o caso das pessoas transgêneras, que são aquelas que produzem seu gênero a despeito das expectativas arbitrárias de construção do gênero ligadas exclusivamente ao sexo biológico. A perspectiva transfeminista busca subverter a cis-heteronormatividade e posicionar o debate da legitimação das identidades transgêneras no campo político, já que é a partir dos micropoderes localizados na cotidianidade que se pode modificar o contexto social. Nesse sentido o trabalho busca contribuir, sob o ponto de vista de um feminismo interseccional, com o avanço do transfeminismo no Brasil através do alargamento das sujeitas que se inserem na categoria Mulher.


Palavras-chave


Gênero. Transgeneridade. Feminismo interseccional.

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