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Entre a exposição e a invisibilidade: Uma leitura da Crítica sobre vida e obra de Patrícia Galvão
Virgínia Celeste Carvalho da Silva, Emylayne Dos Santos Freire Filho

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Ao ler sobre Pagu – escritora e jornalista – uma questão nos ronda: quem foi esta mulher que, ao primeiro contato, parece tanto se destacar das outras mulheres de seu tempo? Ao menos é esse o ethos discursivo que a crítica sobre sua vida e obra nos traz. Logo analisaremos, neste artigo, alguns textos que nos contam a vida literária e política de Patrícia Rehder Galvão, ou, como é conhecida, Pagu. Ainda persiste uma certa obscuridade sobre sua obra literária e jornalística, sendo quase sempre a sensualidade e ousadia de Pagu como temas basilares de boa parte de sua fortuna crítica. A luta de Pagu contra o falso moralismo de sua época é sim indiscutível, e seu posicionamento enquanto feminista e revolucionária, bem conhecidos. Objetivamos, contudo, mostrar que há tanto uma superexposição de alguns pontos de sua personalidade, quanto uma invisibilidade de sua obra, pois: 1) a mesma fortuna crítica que a clama como à frente do seu tempo está imersa em valores que muito mais ferem do que respeitam os ideais pelos quais a “musa modernista” lutava; 2) como compêndios de sobre a Literatura Brasileira negam espaço à discussão da obra de Pagu, que esteve engajada no Modernismo Brasileiro enquanto escritora, jornalista, teatróloga, desenhista e poeta. Concluímos nosso trabalho buscando restaurar a figura de Pagu como símbolo histórico e literário, no intuito de construir uma leitura feminista de sua obra, demonstrando como ela participou da vida literária brasileira.


Palavras-chave


Literatura; Ethos Discursivo; Crítica Literária

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