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FIOS QUE TECEM TERRITÓRIOS DE RESISTÊNCIA: AS MULHERES RENDEIRAS DO ASSENTAMENTO MACEIÓ – ITAPIPOCA / CE.
Debir Soares Gomes, Gema Galgani Silveira Leite Esmeraldo, Kélia da Silva Aires, Natália Ribeiro de Souza, Andréa Machado Camurça

Última alteração: 2015-02-20

Resumo


Suscitando reflexões sobre a história de luta pela terra e os significados atribuídos pelas mulheres rurais às suas ações, este artigo trata-se de um Estudo de Caso que tem como campo de análise o Assentamento Maceió, situado no município de Itapipoca, no Ceará. No Assentamento, as mulheres organizadas de forma coletiva por meio da confecção artesanal da renda de bilro, estão diretamente inseridas em problemáticas de natureza ambiental, política, econômica e social, o que promove a produção de um valor material, mas principalmente simbólico, ao relacionarem seu trabalho artesanal com a territorialização e a sustentabilidade socioambiental da comunidade. O objetivo deste artigo é analisar os significados de ordem simbólica que mobilizam as mulheres rendeiras do grupo “Tecendo Sonhos” a ocuparem uma faixa litorânea de terra, com a montagem de um acampamento à beira mar ameaçada pela especulação imobiliária. Como procedimento metodológico utilizou-se a abordagem de natureza qualitativa, a partir das análises de discurso dos sujeitos do campo, as mulheres camponesas-rendeiras. Utilizou-se da técnica de Observação Participante, com o uso do Diário de Campo e a realização de entrevistas semi-estruturadas. Por meio das formas de inserção dessas mulheres nos espaços de luta e resistência, novas identidades são potencializadas e construídas, que promovem a participação e o autorreconhecimento no uso e ocupação da praia e do mar, na organização do assentamento e nas lutas que envolvem o território camponês.


Palavras-chave


Ruralidades; Território camponês; Assentamento rural; Mulheres rurais.

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