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A feminização da aids: conseqüências catastróficas da heteronormatividade na ciência médica.
Bárbara Araújo Sordi, Ana Cleide Moreira, Carolina Malcher de Souza, Maria Lúcia Chaves Lima

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Apesar dos avanços medicamentosos, a aids ainda é um grave problema de saúde pública que afronta a ciência pela alta incidência de transmissão e de número de óbitos. Considerada inicialmente como doença exclusiva de determinados grupos de risco, a aids alastrou-se silenciosamente entre mulheres, que de maneira ilusória acreditavam estar imunes e protegidas do HIV. Desde 1990, a feminização da epidemia tornou-se uma realidade evidente pela alta incidência de novos casos. Entretanto verifica-se que houve morosidade no reconhecimento da mulher enquanto vulnerável a infecção do vírus pela ciência médica, fato que ainda pode ser verificado nos dias atuais pelas ineficazes campanhas preventivas e pouca visibilidade de debates sobre feminização.  Partindo da arquiologia de Foucault como orientação metodológica, este trabalho se propõe realizar uma breve digressão histórica sobre o saber médico e de como o discurso da medicina se utilizou de concepções morais em sua construção histórica com o fim de refletir sobre a influência da cultura heteronormativa nas práticas médicas e suas implicações na feminização da epidemia, que trouxe conseqüências catastróficas para as mulheres, contribuindo para sua exposição à contaminação.


Palavras-chave


Feminização. Aids, Mulheres. Medicina. Heteronormatividade.

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