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GRADUAÇÃO EM MEDICINA NO NORDESTE E NO SUL DO BRASIL: UM ENFOQUE INTERSECCIONAL SOBRE O PERFIL DOS/AS ESTUDANTES
Luzinete Simões Minella

Última alteração: 2015-02-07

Resumo


O artigo sintetiza o perfil sócio-econômico, geracional e étnico dos/as estudantes aprovados e classificados/as no vestibular para os cursos de graduação em Medicina   das Universidades Federais da Bahia e de Santa Catarina entre 2005 e 2012. A abordagem privilegia as interseções entre gênero, gerações, classe e etnia, na intenção de contribuir para o debate sobre a absorção das mulheres e de estudantes não brancos, não jovens e de baixa renda, observando as interferências regionais nos perfis encontrados nas instituições. A metodologia se baseou no levantamento de dados secundários sobre sexo, renda familiar, idade, cor e etnia e origem escolar dos/as estudantes inscritos/as no período,  a partir do questionário sócio-econômico aplicado pelas instituições como parte da inscrição no Concurso Vestibular. Os resultados obtidos até o momento mostram que em ambas instituições há uma maioria do sexo masculino e simultaneamente, confirmam a tendência à feminização da área, mais acentuada nas últimas décadas; os/as estudantes são prioritariamente jovens, tendo a maioria entre 17 e 19 anos; a renda familiar se concentra principalmente na faixa entre cinco a dez salários mínimos, sendo maior na UFSC. Quanto ao quesito cor, a maior parte se declarou parda na UFBA e branca na UFSC, tendo ocorrido no período algum incremento de negros e de indígenas em razão da implementação da política de cotas.


Palavras-chave


interseções; feminização; medicina; estudantes

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