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Melindrosas e almofadinhas: O masculino e o feminino por meios das charges nas revistas ilustradas (Recife, década de 1920)
Alexandre Vieira da Silva Melo

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Objetivamos nessa pesquisa, compreender o processo de ressignificação dos gêneros por meio das charges publicadas revistas e jornais em Recife, especialmente no semanário A Pilhéria, durante a década de 1920.  Através dos personagens sociais melindrosa e almofadinha, constatamos o quanto suas práticas e a sua aparência incomodavam a sociedade tradicional em um período marcado pelo fortalecimento da família nuclear burguesa e declínio da família patriarcal. Por meio do traço dos artistas, com suas “chacotas”, visualizamos o quanto as representações maximizavam as características de um “novo padrão” adotado por homens e mulheres adeptos da vida moderna. Em Recife e alhures, o corpo passava por profundas ressignificações e alterações nas noções de masculinidade e feminilidade durante os anos 1920. Ademais, o período ficou conhecido exatamente pelas profundas modificações no que concerne às práticas sociais, evidenciadas, entre outras, pelo advento dos personagens em questão: homens e mulheres que ostentar padrões diferenciados de vida social perante uma sociedade ainda majoritariamente tradicional. Embasados nos estudos de Gênero, conforme Joan Scott; e na História Cultural, segundo Roger Chartier; investigamos e problematizamos essas figuras sociais, seus comportamentos desvirtuantes e polêmicos observando critérios específicos para análise de documentos da imprensa, conforme apresenta Tânia Luca e Ana Luiza Martins.


Palavras-chave


História; Melindrosas; Almofadinhas; Imprensa; Gênero.

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