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VIOLÊNCIAS E CONJUGALIDADES: REFLEXÕES SOBRE O “DISPOSITIVO GÊNERO”
José Orlando Carneiro Campello Rabelo, Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas

Última alteração: 2015-02-08

Resumo


Introdução: Queremos pontuar que haveria, no cerne da construção social do fenômeno “violência conjugal”, a associação a um tipo de relacionamento de “assimetria de poder”, que pode se manifestar independente do sexo biológico do casal. Objetivo: O trabalho tem como objetivo apresentar uma possibilidade compreensiva acerca do fenômeno das violências conjugais a partir do referencial pós-estruturalista. Metodologia: Constitui-se em uma revisão crítica da literatura, de materiais encontrados em bancos de dados, no idioma português, produzidos nos últimos cinco anos. Resultados: A compreensão pós-estruturalista superou a concepção de papeis sociais femininos, masculinos e os esquemas binários que eles pressupõem, ampliando a compreensão de gênero para além de um constituinte da identidade. As violências conjugais estariam atravessadas por demarcadores de gênero, considerando que as próprias normas de gênero estão constituídas sobre uma base de violências. Conclusões: As violências conjugais seriam um dos resultados da objetificação do outro, aniquilando-o enquanto alteridade, em outras palavras uma relação de violência atua sobre um corpo submetendo-o, forçando-o fechando todas as possibilidades com exceção da passividade. Podemos questionar assim o suposto “poder” associado às masculinidades nas relações conjugais, este poder é performativo, desta forma estaria na base de relações conjugais diversas, independente do sexo dos parceiros.


Palavras-chave


violência conjugal; gênero; pós-estruturalismo

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