O HIV/AIDS surge no cenário brasileiro nos anos de 1980 e sofreu várias transformações, entre elas o processo de feminização com ampliação dos casos da doença em todas as faixas etárias femininas e redução entre os homens. OBJETIVO: Analisar o perfil dos casos de Aids em Pernambuco no período entre 2006 e 2012 na perspectiva de gênero e saúde. METODOLOGIA: pesquisa documental com a análise de dados secundários da Coordenação de DST AIDS da Secretaria de Saúde de Pernambuco. A partir da categoria gênero, foram analisadas as variáveis sexo, raça/cor, escolaridade, faixa etária e local de residência. RESULTADOS: No período estudado foram notificados 8023, dos quais 4.907 (60,7%) são do sexo masculino e 3116 (39,3%) do sexo feminino. Nos casos femininos no quesito raça/cor o maior percentual está na categoria parda com 58,3%. A faixa etária com maior número de casos foi entre 30 a 39 anos (41,5%), Em relação a escolaridade a maioria dos casos se concentra no ensino fundamental com 45,8% seguido pela categoria de ignorados 29,5%.Com relação ao local de residencia a RMR lidera com 69,3% dos casos. CONCLUSÃO: De acordo Werneck (2001) o racismo tem sido um fator de influência e/ou determinação do lugar do indivíduo na sociedade, definindo seu acesso, maior ou menor, escolaridade, moradia, bens públicos, serviço de saúde, informação, entre outros, contribuindo para uma maior incidência do HIV sobre a população negra.