Última alteração: 2015-02-08
Resumo
Este estudo objetiva compreender como se configura a mulher idosa sertaneja no contexto rural e quais mecanismos de biopoder a atravessam e constituem enquanto pessoa. O método de pesquisa empregado trata-se de uma revisão teórica, de cunho integrativo nos seguintes bancos de dados: CAPES e BVS-Psi. Segundo Berger e Luckman (2004) toda a existência do sujeito é ordenada pelo tempo, que durante a realidade diária se configura de forma continua e finita. Isto faz com que esta estrutura temporal da vida exerça uma coerção sobre o ser humano, especialmente sobre a mulher, criando sequencias pré-determinadas no percurso da vida que devem ser seguidas, por exemplo, o momento para casar, ter filhos, adquirir a aposentadoria e tornar-se “velha”. Neste sentido, é possível afirma que a mulher aprende de acordo com os discursos existentes e vigentes sobre a velhice e como ser “velha”. De acordo com as pesquisas tomadas como referenciais neste estudo, entende-se, de acordo com Cabral et al (2010) que a velhice no contexto rural sertanejo não se enquadra no estigma de inatividade e dependência atribuído á grande parcela das idosas urbanas, mas apontam para uma mulher idosa ativa, independente, que em caso de viuvez optam por morar sozinha e no caso de adoecimento preferem migrar para as zonas urbanas. E que tem no acesso a previdência e no domínio do dinheiro seu maior desafio dado que costumeiramente os familiares tomam de conta.