Este texto tem como objetivo refletir sobre igualdade de gênero no contexto do desenvolvimento. Dessa forma, toma-se como objeto empírico a remoção da comunidade Ilha de Tatuoca que teve toda a população retirada em função do projeto de desenvolvimento do estado de Pernambuco que prioriza a instalação de grandes empreendimentos. A comunidade de Tatuoca se constitui de vários sítios cujos habitantes utilizam os recursos que a natureza oferece para a sua sobrevivência. Entende-se que o desenvolvimento econômico e a igualdade de gênero só são concretizados se for garantida a participação social. Nessa direção, a pesquisa tem como principal questionamento: como esses processos de remoção que, para além das transformações na dinâmica urbana, consideram as demandas das mulheres? Essas transformações envolvem processos de mercantilização da natureza e cria novos padrões de relação entre o estado e os agentes econômicos e sociais, excluindo as mulheres da tomada de decisões sobre a sua própria vida.