Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, 18 REDOR

Tamanho da fonte: 
Relações familiares e de parentesco: as famílias matrifocais na Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, Vila de Belmonte (1867-1888)
Jamilly Laureano Bispo

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


As fontes paroquiais são usadas desde a segunda fase dos Annales para o estudo da população dentre outros. No entanto, no Brasil, o uso dessas fontes foram tardio, sobretudo, referente à escravidão. Na região de Belmonte-BA não se tem trabalho exclusivamente voltados para se pensar a família dentro do contexto oitocentista. Partindo da análise dos registros de batismo da Matriz Nossa Senhora do Carmo de Belmonte, traçaremos o perfil familiar que envolvia escravos e livres em Belmonte no período 1867-1888, percebendo o papel da mulher dentro desta Vila no Oitocentos. Buscaremos identificar esta relação através dos documentos de batismo, observando, idade dos batizados, local do batismo, se é filho legitimo ou natural, dentre outras características. Levaremos em consideração as variantes condições jurídicas e gênero. Os dados estão sendo quantificados e analisados. Através dos dados retirados dos livros de batismo (1866-1888), percebemos cerca de 234 casos contendo 14 famílias de escravizados e 220 de famílias pessoas livres. Todavia, os escravizados foram registrados como filhos naturais e apenas as mães apareciam oficialmente. O fato das crianças serem batizadas como filhos naturais não significa porém atribuir que não se tinha uma família constituída por pai e mãe observando que nem toda população tinha acesso a Igreja e que a cerimônia de casamento acarretava a custo altos. Ressaltamos que a pesquisa ainda está em andamento.

 


Palavras-chave


Relações Étnico-raciais, Batismo, família, Belmonte, Igreja Católica.

Texto completo: PDF