A inserção e participação das mulheres na esfera pública e mais especificamente na luta por moradia tem como marco histórico o Movimento feminista na década de 70 e nos muitos Movimentos sociais que surgiram na época do regime militar na luta pela redemocratização do Brasil e demais lutas sociais adquirindo seu protagonismo na esfera pública. Atualmente o número de mulheres participantes de movimentos sociais é crescente e nesse ensejo este estudo busca perceber em que sentido e quais as perspectivas das mulheres militantes do Movimento de Mulheres Amazonas Sempre Vivo- ASV tem sobre sua militância. A metodologia deste estudo assumiu a orientação das abordagens qualitativas sem excluir os aspectos quantitativos através da observação participante, entrevista in loco no atendimento as famílias, sendo 500 famílias a ser beneficiada, a entrevista foi realizada com a amostra de 20 entrevistas, levando em consideração as mulheres que tem mais tempo de participação no referido movimento. Salientamos que o referido movimento está habilitado no Ministério das Cidades para o Programa Minha Casa Minha Vida- Entidades para construção de 500 unidades habitacionais e que o mesmo programa prioriza as mulheres chefes de família que corresponde 60% das famílias cadastradas no ASV. E isso é visto pelas militantes como conquista e sentem-se importantes e valorizadas, pois percebem quanto sua militância contribui para uma sociedade igualitária, nesse sentido que o Movimento de Mulher Amazonas Sempre Vivo torna-se voz emancipatória rumo ao direito à moradia digna para as mulheres da cidade de Manaus.