Última alteração: 2015-02-13
Resumo
A Teologia Feminista ganha vida através de cada especificidade das experiências cotidianas de mulheres e homens, de fatores socioculturais, étnico/raciais, entre outros. Sendo assim, há diversas correntes da Teologia Feminista espalhadas pelos continentes. No contexto brasileiro, ganha força a Teologia Feminista Latino-Americana e seus desdobramentos. Com raízes na Teologia Latino-Americana da Libertação e influência de diversas correntes de movimentos feministas contemporâneos, temos a Teologia Feminista Latino-Americana, a qual subdivide-se em várias correntes, a partir de diferentes especificidades. A Teologia Feminista Negra parte de questões específicas de sua cultura e do que implica ser mulher negra. Esta teologia busca questionar e desconstruir a teologia patriarcal – que tem como identidade um rosto branco, masculino e elitista. Esta imagem patriarcal de Deus incentiva e colabora para a manutenção de uma sociedade e teologia – construídas ao longo de um processo histórico – racistas, sexistas e classicistas, onde a mulher negra e pobre torna-se triplamente oprimida. Já a Teologia Ecofeminista parte do princípio de que mulher e natureza estão na mesma condição de dominação e exploração. Ecofeminismo diz respeito às relações de homens e mulheres e sua relação com a natureza. Religiosamente, a natureza era representada e consagrada por Deuses e Deusas. Porém, com a queda do politeísmo e o início do monoteísmo, passa-se a adorar um Deus patriarcal e masculino que vê na mulher, assim como na natureza, um perigo que deve ser dominado.
Palavras-chave: Religiosidades; Teologia Feminista Latino-Americana; Negra; Ecofeminista.