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Na (eterna) busca pelos direitos das mulheres: Um olhar sobre o Sertão do Araripe de Pernambuco
Kalline Flávia Silva de Lira

Última alteração: 2015-02-08

Resumo


A violência, de forma ampla, acontece no mundo todo. Especificamente a violência contra a mulher, entendida como violência de gênero, ainda é alarmante. Para tentar desvelar essa violência, entendemos gênero como uma construção sociocultural e não um substrato biológico (SCOTT, 1995). O Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking de países que mais cometem violência contra a mulher (WAISELFISZ, 2012). Compreendemos que a violência, uma violação dos direitos humanos, é perpetrada principalmente quando percebemos o outro como “coisa” e não como sujeito. Assim, o homem coloca a mulher como objeto e acredita ter poder sobre ela. Essa visão tem como base a nossa sociedade patriarcal, onde o homem tem poder sobre as mulheres, e no sertão o homem é tido como valente, corajoso e destemido, demonstrando essa “masculinidade” na violência contra a mulher. Este artigo analisa quantitativa e qualitativamente a rede de serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência no sertão do Araripe de Pernambuco, pensando a efetividade desta rede para divulgar, combater, coibir e punir a violência contra a mulher na região. Podemos perceber a fragilidade da mulher no contexto estudado, refletida nas poucas políticas públicas específicas implantadas até o momento. Em contraponto, movimentos sociais buscam aumentar a visibilidade da violência contra a mulher na região, através de ações como passeatas e conferências, ao mesmo tempo em que lutam para que crimes não fiquem esquecidos e/ou impunes.


Palavras-chave


Violência. Direitos das mulheres. Rede de serviços.

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