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As DEAMs desconhecem sexo e gênero na velhice: reflexões sobre mais uma modalidade de violência contra as mulheres.
Márcia Santana Tavares, Eulália Lima Azevedo

Última alteração: 2015-02-08

Resumo


A complexidade da violência sofrida pelas mulheres se articula e se insere no contexto de uma rede mais ampla de violência estrutural e só pode ser compreendida em conexão, também, com outros fatores estruturantes da dinâmica social, além do gênero, tais como as condições de classe social, raça/etnia e as condições geracionais. Em todas as formas de violência contra as mulheres, o gênero se expressa em sua interseccionalidade com diversas dimensões, especialmente as mais fundantes do social. Nunca é demais lembrar que a violência contra as mulheres apresenta variações em sua intensidade e forma embora atinja a todas as mulheres. É sabido que o contingente de mulheres que mais sofre violência se encontra entre as negras, as indígenas, as menos escolarizadas, as de baixa renda e as adultas plenas. No entanto, não se pode desprezar da análise e da ação política os 33% de mulheres brancas, os 41% de nível superior, os 43% de renda alta e os 31% de mulheres idosas que sofrem violência, segundo dados de pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2004).  Considerando tais dados, propomo-nos a desenvolver neste trabalho uma discussão teórica sobre a lógica que orienta as DEAMs a não prestarem atendimento às mulheres idosas, levantando as seguintes questões: a velhice anula a condição de ser mulher?   As mulheres velhas ocupam um lugar social sem sexo e sem gênero?

 

 

 

 

 

 


Palavras-chave


Gênero; Violência; Idosas.

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