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Entre crimes e jornalismo "popular": as representações das mulheres vítima de violência no Jornal Aqui PE
Mércia Cristina da SilvaWE Assis

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Este trabalho se propõe a pensar as representações do sujeito feminino nas páginasdo periódico impresso pernambucano AquiPE, compreendendo a mídia enquanto construtora/construída de/por sentidos,hábitos, formas de ver e agir no mundo. Nesse sentido, importa discutir acomplexa realidade de construções de representações do sujeito feminino nas dimensões da violência atrelado ao contexto do jornalismo que o Aqui PE se propõe a ser: um jornalismo direcionado aos “populares” com a voz destes no seu dia-a-dia. Respectivamente,a análise do jornal compreende o período de janeiro a junho de 2013, sendo analisadas as páginas policiais do periódico em questão. Possuindo como suporte a bibliografia específica e os diversos autores que debatem esse complexo universo da mídia e suas representações, assim como, do sujeito feminino e as identidades, o presente trabalho questionou a lógica da violência cotidiana sofrida pelas mulheres que são representadas pelo Aqui PE. O referido jornal, ao retratar os fatos violentos nas páginas sem demarcar as particularidades destas violências, no nosso caso a violência de gênero, favorece a indistinção e a naturalização dos crimes ocorridos, sem a categorização da violência de gênero como um constructo sócio-histórico-cultural, perpetuada por práticas de violências físicas, sexuais, morais, e psicológicas que possuem como eixo motriz as relações de dominação e poder. Assim sendo, a construção discursiva no jornal impresso Aqui PE, está alicerçada na representação dos opostos (homem e mulher) enquanto sujeitos inscritos naturalmente numa relação hierarquizada.

Palavras-chave


Gênero. Violência. Mídia Impressa. Representações

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