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MÃES QUE ENTREGAM OS FILHOS PARA ADOÇÃO:UMA REFLEXÃO SOBRE O MITO DO AMOR MATERNO
Gabriella Virginia Roque da Silva Valentim, Ana Flávia Leite Cortez

Última alteração: 2015-02-08

Resumo


Nossa sociedade vive a ideologia da maternidade e do amor materno. Esta construção ideológica teve início no século XVIII por necessidades demográficas e econômicas e desde então, foi imposto um padrão de comportamento feminino que associa a mulher à condição de mãe amorosa e devotada aos filhos. Em torno dessa questão, a mãe que entrega o filho para adoção é uma das temáticas mais polêmicas, pois vai de encontro ao mito do amor materno e abala um dos pilares de sustentação da família tradicional: a maternidade idealizada. O estudo deste tema norteou a pesquisa que, através de uma revisão bibliográfica, teve como objetivos refletir sobre a construção da ideologia do amor materno e analisar a situação social e emocional vivida pelas mães que entregam seus filhos para adoção. Após a análise dos dados, foi concluído que essas mulheres têm motivações das mais diversas para a entrega, como: rejeição, pressão social e proteção. O amor materno pode ou não estar presente, trata-se de algo muito singular, pois este sentimento não é um elemento instintivo da natureza feminina, é uma construção cultural e pessoal. No entanto, o mito sobre ele faz com que as mulheres que não queiram ter filhos, ou que entreguem os filhos para adoção sejam estigmatizadas e vistas com estranhamento.Palavras-chave:Direitos reprodutivos. Mito do amor materno. Mães biológicas. Adoção.

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