Última alteração: 2015-02-08
Resumo
Introdução: A vulnerabilidade feminina frente ao HIV continua a existir após o diagnóstico, refletindo em uma série de dificuldades como o exercício de uma prática sexual saudável e segura e a escolha por ter ou não filhos. Assim, o exercício da sexualidade, que em nossa cultura parece ainda estar muito atrelado à maternidade, pode se tornar ameaçado pela condição sorológica. Objetivo e Metodologia: O trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica com o objetivo de refletir sobre as escolhas reprodutivas de mulheres com HIV, considerando os seus direitos sexuais e reprodutivos. Resultados e discussão: A adoção do acesso universal ao tratamento e a maior prevalência do HIV na faixa etária reprodutiva no país, converge para que o desejo de maternidade se estabeleça como uma demanda justa, dentro da condição de “viver com HIV”. Mesmo assim, a saúde sexual e reprodutiva das mulheres soropositivas não é, ainda, tratada com o cuidado necessário no Brasil. A gravidez de uma mulher vivendo com HIV é recebida pelos serviços de saúde como um evento inesperado e problemático, apesar do desejo de ter filho e das possibilidades de diminuir o risco de transmissão vertical com uma gravidez planejada. Conclusão: Concluiu-se que o desejo de ter filhos está presente entre portadoras de HIV, fazendo-se necessário a estruturação dos serviços para o planejamento familiar, bem como o reconhecimento da autonomia das pessoas com HIV quanto às decisões reprodutivas a fim de que elas façam suas escolhas de maneira consciente e segura.
Palavras-Chave: Direitos reprodutivos. Gênero. HIV.