Este trabalho apresenta parte do capítulo de minha dissertação, onde busquei rastrear experiências de homens e mulheres, oriundos das classes populares, no início do século XX, que tiveram suas vidas registradas por jornais e processos-crime, a partir de seu envolvimento em conflitos na região de Feira de Santana. Ao trazer à tona as falas sobre sujeitos envolvidos nos processos se tornou possível o encontro com trajetórias de vida em momentos de tensão, como também em seu cotidiano. Na análise das fontes se elegeu uma abordagem teórico-metodológica mais atenta as relações de gênero, enquanto elemento condicionante das experiências destes sujeitos, dentro da perspectiva da História Social.  Essa metodologia nos ofereceu oportunidade de visibilizar as múltiplas experiências dessas mulheres, que fugiam em muito na crença que os valores patriarcal, burguês e cristão, agiram sob essas mulheres sem que as mesmas não os manipulasse em seu cotidiano, a partir do jogo pela sobrevivência e o sensos de oportunidade, e outras questões não objetivas.