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Tesourando a heteronormatividade: percepções sobre sexo lésbico em Azul é a Cor Mais Quente
Clara Cazarini Trotta, Maísa Moura Chaves

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


Em 2013, o filme “Azul é a cor mais quente” (La vie d'Adèle) estreou nas telas de cinema. Teve um público surpreendente, por conter em sua narrativa um romance entre duas garotas. O filme recebeu tanto elogios quanto críticas de várias feministas lésbicas, pela controversa cena de 7 minutos de sexo entre Adèle e Emma. Essa cena tanto discutida alcançou um público diverso de pessoas, dentre elas muitas não tinham muita noção como pode ser o sexo entre mulheres, geralmente o único exemplo deste é através de filmes pornô. Contudo, existem muitas críticas a eles, são bastante fetichizados, visando o prazer do público masculino. E essa cena de sexo, mesmo com toda a controvérsia criada em torno dela, está inserida em uma narrativa onde o sexo é para o prazer das personagens, mulheres.

Esse trabalho tem como objetivo pesquisar como essa cena impactou pessoas que não refletiam sobre sexo lésbico, isso pode ser dado devido à invisibilidade lésbica, através de entrevistas com mulheres as quais, até o momento que assistiram ao filme, nunca haviam tido relações sexuais com outras mulheres. Pensando no imaginário existente, ou não, sobre o sexo lésbico, e como uma cena polêmica poderia dar visibilidade as práticas lésbicas, gostaríamos de perceber no discurso das entrevistadas o impacto, ou não, que essa cena pode ter com as garotas que tem construído um modelo de sexo heteronormativo, e quando tem contato com o mundo lésbico, é a partir de uma ideia fetichizada.


Palavras-chave


Cultura; Lésbicas; Sexualidade

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