Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, 18 REDOR

Tamanho da fonte: 
Ditadura, memória e a participação das mulheres brasileiras e chilenas
Suely da Fonseca Quintana

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo o estudo da representação da mulher no exílio, durante o período da ditadura militar no Brasil e no Chile, presentes no romance Tropical sol da liberdade, de Ana Maria Machado e nas memórias de Amanda Puz, Última vez que me exilio. As autoras se debruçam sobre o tema da condição do exilado, presentes nas relações de trabalho no exterior, nos dramas familiares e na  construção da intertextualidade entre a História oficial e a História do cotidiano brasileiro e chileno, numa perspectiva histórico-sociológica e da discussão de gênero (gender). A abordagem para esse estudo tem uma conotação histórica, antropológica e social, tendo em vista as questões teóricas relacionadas à memória individual e coletiva, à militância política na América Latina, considerando também o aporte teórico dos estudos culturais. O trabalho se realiza por uma análise comparativa dos procedimentos discursivos das autoras. Alguns resultados parciais da pesquisa apontam para uma identificação entre as autoras no que concerne ao papel social da mulher e ao confronto entre latinos e outros povos, quando se trata de disputar o mercado de trabalho, estabelecer relações de confiança e amizade. Outro ponto desse estudo revela a dificuldade de relacionamento também com os compatriotas exilados, no que se refere à moradia, aos aspectos financeiros e às diferenças político-partidárias que perduram no exílio.

 

 


Palavras-chave


Gênero. Memória. Exílio. Ditadura

Texto completo: PDF