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As mulheres dos castanhais e a sobrevivência na Amazônia brasileira: organizações de mulheres na reserva extrativista do rio Cajarí no Amapá
Karina Brito Nymara Ribeiro

Última alteração: 2015-02-13

Resumo


A presente pesquisa objetivou analisar o surgimento das associações de mulheres do Alto da Reserva Extrativista do Rio Cajarí - RESEX-CA (Associação de Mulheres Agroextrativista do Alto Cajarí – AMAC e Associação de mulheres moradoras e trabalhadoras da cadeia de produtos da biodiversidade do alto RESEX Cajarí - AMOBIO) e as possíveis mudanças na vida dessas atrizes sociais no tocante à renda, meio ambiente, participação política e a relação mulher, trabalho e família. Para isso foi realizado revisão bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo e entrevistas semi-estruturada com 21 mulheres (sócias das associações) e representantes comunitários.

A única fonte de sustento no alto da reserva é o extrativismo da castanha do Brasil que passa pela entressafra e a agropecuária de subsistência. Assim, as mulheres dos castanhais na busca por uma alternativa econômica que viesse gerar renda e emprego na reserva se organizaram em associações e através dos editais do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA trabalham, coletivamente, com a produção de biscoito de castanha do Brasil e banana frita. As mudanças ocorridas na vida das mulheres dos castanhais conferem-se na autonomia econômica, na maior participação política, no reconhecimento do trabalho e na visibilidade destas na comunidade e no âmbito familiar. Por outro lado, ainda há muitas vicissitudes que precisam ser enfrentadas, do ponto de vista da sobrevivência na floresta e das desigualdades de gênero, não somente, no Amapá, mas em toda América latina.


Palavras-chave


Geração de renda; Trabalho e Meio ambiente; Mulheres rurais; Amapá

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