Este artigo revela aspectos das mudanças de comportamentos entre gerações de mulheres cearenses e da diferença de papéis sexuais atribuídos a homens e mulheres. Baseando-se numa pesquisa empírica com mulheres de idade entre 60 e 70 anos, solteiras, oriundas das camadas médias urbanas de Fortaleza – Ceará, com ensino universitário e profissões definidas, elas revelam aspectos de uma educação machista, bem como rupturas e continuidades com antigos papéis a elas destinados. A mudança mais evidentes apontada na pesquisa é a importância, nas suas trajetórias de vida, de constituírem uma das primeiras gerações de mulheres com ensino universitário, trabalho e aposentadoria. Essas conquistas refletem na liberdade vivenciada pós-60 anos, ilustradas em suas narrativas através dos novos projetos de vida e lazer.