O presente trabalho de corte teórico-metodológico feminista pós-estrutural; teve como objetivo compreender como as/os jovens interlocutoras/es, com idades entre 16 e 19 anos, moradores dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca-PE, significam o início de sua vida sexual, em interseção com os marcadores sociais de gênero, classe e geração. Este estudo estive articulado ao programa Diálogos para o Desenvolvimento social em Suape (Diálogos Suape) que buscou responder às perturbações/desigualdades nas condições de saúde e cidadania na sub-região de Suape, além de contribuir para o desenvolvimento e inovação em tecnologias de intervenção social através da implementação e analise da eficácia e da efetividade de um Programa de Promoção à Saúde. Desta forma, procurou-se refletir também sobre o método de pesquisa-intervenção utilizado, cujos instrumentos metodológicos, as rodas de conversa e o diário de campo, facilitaram o diálogo e a (re)construção de experiências em cada (des)encontro entre as pesquisadoras e as/os interlocutoras/es. Nestes diálogos observamos (des)igualdades, diferenças e agenciamentos que as/os jovens vivem e mobilizam no processo de iniciar sua vida sexual. Isto, dentro dos circuitos integrados (HARAWAY, 2009): família, escola, religião e posto de saúde, os quais muitas vezes dificultam a vivência da sexualidade delas/deles e o acesso a seus direitos sexuais e a seus direitos reprodutivos. Este é um panorama mais constrangedor para as mulheres e para os grupos LGBT. Por outro lado, consideramos que ter trabalhado a partir de uma perspectiva feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos das/dos jovens como sujeitos responsáveis por sua sexualidade.