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Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho – Vigilância em Saúde (PET/VS) propõe interação entre ensino-serviço-comunidade, e uma de suas metas é analisar a situação de saúde materno-infantil do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador, de modo a contribuir com o monitoramento do óbito infantil e fetal. Nesse sentido, procedeu-se a análise da proporação dos partos hospitalares e cesáreos entre as residentes deste Distrito, de modo a identificar possíveis fatores contribuintes para a morbimortalidade materna. . Objetivo: Apresentar e analisar as proporções de partos hospitalares e cesáreos no DSSF de Salvador, no período de 2008 a 2012. Metodologia: Os dados foram coletados através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, referentes ao período de 2008 a 2012. A análise dos mesmos foi realizada após calcular os indicadores de proporção de partos hospitalares e cesáreos no DSSF, baseados no RIPSA, sendo gerados gráficos no Excel. Resultados: No DSSF a cobertura de partos realizados nos hospitais, entre 2008 e 2012, totalizou quase 100%, evidenciando a procura das gestantes pela assistência ao parto hospitalar. Em 2008 a cobertura atingiu 100%, caindo para 99,8% até 2012, podendo ser explicado pela preferência das gestantes em parir em outros locais ou por dificuldade de acesso às unidades de saúde do DSSF. Entre partos hospitalares se destaca o constante aumento nas cesarianas. Em 2008 a taxa estava em cerca de 35%, culminando em 47% em 2012. É importante frisar que a Organização Mundial de Saúde preconiza uma taxa de cesarianas de até 15% em relação ao total de partos hospitalares realizados. Conclusão: As altas taxas de partos cesáreos no DSSF mostram uma situação já instalada em todo o Brasil e podem refletir indicações de cesáreas e acompanhamento pré-natal equivocados. Para reverter essa tendência é preciso que haja qualificação da informação para monitorar a efetividade das diretrizes e medidas governamentais em prol do parto natural. O papel do PET/VS nesse processo é compor estratégias para o enfrentamento dos problemas identificados junto aos profissionais da saúde que lá atuam e, desta forma, melhorar a qualidade dos serviços de saúde da região.