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A hanseníase é um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento, como o Brasil. O município de Juazeiro-Bahia é considerado hiperendêmico para a doença, cujo coeficiente de detecção, em 2013, foi igual a 85/100 mil habitantes. Este projeto teve como objetivo realizar busca ativa de hanseníase em comunidade ribeirinha do município, além de estimular a participação dos acadêmicos no contato inicial com a comunidade. Tal projeto foi realizado por seis acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco, na comunidade ribeirinha do bairro Angari, que é descoberta pela Estratégia Saúde da Família- ESF. Na primeira visita, foi realizado um diagnostico situacional através de entrevista aos moradores, sendo preenchida uma ficha para caracterização demográfica e da situação econômica e de saúde. Na segunda visita, um questionário de autoimagem foi entregue para cada membro das famílias, contendo informações sobre a hanseníase e um conjunto de questões sobre a presença de mancha, além de um esquema corporal onde cada membro era convidado a indicar o local da mancha. Nesse mesmo momento, ações de educação em saúde foram realizadas. Na terceira visita, os formulários foram recolhidos e aqueles moradores com mancha foram encaminhados para centro de referência para consulta com dermatologista. Para finalizar, um café da manhã foi oferecido aos participantes do projeto e pacientes do ambulatório de hanseníase da secretaria de saúde. Foram visitadas 32 famílias, englobando 135 pessoas. Com o projeto percebeu-se que esse contato prévio com a comunidade é essencial para a humanização do estudante de medicina e para perceber os determinantes de saúde que estão por trás do perfil da comunidade. A hanseníase ainda se configura como um problema social a ser vencido na comunidade e isso refletiu na pouca colaboração dessa população em preencher as fichas que foram distribuídas.Nenhum caso de hanseníase foi encontrado durante a realização do projeto, possivelmente devido a problematização citada anteriormente, ao o tabu que envolve a doença e a falta de continuidade de projetos como esse para que um vinculo seja criado com a comunidade e assim haja confiança mútua.