O conceito de práticas integrativas que se consolidou a partir da década de noventa, resulta de uma insatisfação da população com os modelos assistenciais hegemônicos no ocidente comumente chamados de biomedicina que resultaram em buscas por “alternativas”. O grupo de pesquisa Estudos em Racionalidades e Práticas Integrativas em Saúde tem seu histórico relacionado ao componente curricular em desenvolvimento na Universidade Federal da Bahia inicialmente ofertado para os estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, mais recentemente, para todos os cursos desta área e alguns outros como psicologia e os outros Bacharelados Interdisciplinares. Deste modo tendo a base conceitual a partir da produção de Madel Luz e a sustentação política através da PNPIC foi proposto na graduação da UFBA esse componente curricular, HACA 50 - Racionalidades em Saúde: sistemas médicos e práticas alternativas, que vem sendo oferecido desde 2010.

Esse componente curricular tem promovido uma reflexão sobre a realidade da Atenção Básica do estado da Bahia. Nosso estado não dispõe de uma política estadual e viveu um processo de retrocesso quando se analisa a existência na década de noventa de médicos homeopatas concursados na rede SUS da Bahia e atualmente a existência de uma oferta desses serviços de forma desarticulada, espontânea e resultado da iniciativa dos profissionais particularmente.

O grupo de pesquisa tem como objetivos: i) produzir conhecimento sobre as práticas decorrentes das PICS; ii) estudar a formação em PICS visando sua ampliação e iii) contribuir para a consolidação de um arcabouço conceitual estruturador do conhecimento em PICS.

Esses três objetivos vem a se constituir nas três linhas do Grupo de Pesquisa: i) produção do conhecimento em PICS: tecnologias cotidianas em cuidado e redes assistenciais; ii) estudo da formação em PICS: concepção de saúde e de cuidado e iii) aprofundamento teórico conceitual das Práticas Integrativas e Complementares

As principais metas desse grupo são produzir conhecimento, divulgar e formar profissionais sensíveis às práticas integrativas em saúde, esperando-se assim construir a história das práticas no Estado; conhecer experiências terapêuticas e de formação; contribuir para a consolidação das PICs no SUS.