Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, III Congresso Nordeste de Medicina de Família e Comunidade

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O desafio da abordagem educativa e transversal em saúde com adolescentes: uma experiência multiprofissional
Milene Bastos, Alana Queiroz Bastos, Gerfson Oliveira, Gisele Lopes, Mayara Ferreira Carvalho de Souza

Última alteração: 2014-09-16

Resumo


A proposta de permear temáticas diversas a dimensão saúde, realçando ações de promoção e prevenção no Grupo Educativo de Adolescentes Juventude Plena composto por jovens da Comunidade de Pau da Lima, Salvador-Ba, permitiu a Equipe Multiprofissional em Saúde da Família e aos estudantes do internato de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP atuantes em uma unidade docente-assistencial, a recomposição de conhecimentos que progressivamente são fragmentados nas diferentes áreas do saber, tendo em vista a tendência para as ações médicos-assistenciais que regressa o olhar integral ao indivíduo/família. Dessa forma, ao considerar que padrões e os diferentes conceitos de saúde são construções sociais e históricas, a equipe realizou o resgate do processo saúde/doença, utilizando estudo sistêmico e dialético da sociedade, sobretudo da comunidade e do grupo de faixa etária juvenil, tendo como finalidade a educação para a saúde, desenvolvendo mecanismos e estratégias de intervenções dialógicas e lúdicas, a fim de proporcionar reflexões e autonomia, bem como a articulação de conhecimento, atitudes, aptidões, comportamentos e práticas pessoais que, compartilhadas, contribuem para o alcance a objetivos sociais. Nesse sentido, a proposta demandou sensibilidade e alta possibilidade inventiva para a elaboração e desenvolvimento semanal de atividades com temas contemporâneos e críticos. Envolver e seduzir os 25 jovens durante o ano 2013, com atitude dialógica para a formação de alguns conceitos que pudessem processar valores, discutir ideias, forjar e nortear a vida futura tornou-se uma incumbência cotidiana. Com base nesse desafio, reconhece – se que a educação em saúde, fundamentada no referencial teórica da educação popular, inspirada em Paulo Freire, configurou-se como uma ferramenta promissora no enfretamento aos múltiplos fatores de risco à saúde deste segmento social. A partir do estreitamento dos vínculos estabelecidos entre os envolvidos, foi possível a apreensão de avaliações individuais (observatórias e participantes) que a cada encontro eram expostas, contribuindo para a formação de trabalhadores no campo da saúde, numa perspectiva desafiadora e criativa, bem como para a compreensão da realidade comunitária a fim de provocar mudanças mediante o instrumental da educação.