Tamanho da fonte:
APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
##manager.scheduler.building##: Hotel Pestana Bahia
##manager.scheduler.room##: Miguel Torga
Data: 2014-09-12 09:50 – 11:10
Última alteração: 2014-09-05
Resumo
A prevalência nacional de transtornos mentais na Atenção Primária à Saúde (APS) é relevante, mesmo assim, frequentemente os profissionais de saúde tem dificuldade de reconhecer a angústia emocional em pessoas que estão em sofrimento. Nesse contexto, o Apoio Matricial se constitui como um dispositivo articulador de um conjunto de estratégias fundamentais no processo de (re) construção da Assistência em Saúde Mental. Este trabalho surge da vivência no campo da saúde mental quanto às dificuldades de realizar ações de apoio matricial que fossem mais efetivas. Nesse contexto, questiona-se como o Apoio Matricial colabora com as ações de saúde mental realizadas nas UBS? Em resposta a essa indagação, buscou-se Fortalecer as ações de matriciamento do CAPS AD junto a AB, em um município da Bahia. O trabalho realizou-se sob a tecnologia de concepção que traz uma teorização bastante consistente e a delimitação de um método com passos bem claros e possíveis de serem replicados. Primeira Etapa constituiu-se pela sensibilização da gestão quanto à importância das ações de matriciamento e disponibilização de recursos materiais para a realização das ações. Segunda Etapa agendada reunião com a coordenação das UBS a fim de delinear um plano estratégico considerando a singularidade das equipes. Terceira Etapa implementação da ação de matriciamento, com realização de reunião com as equipes para territorialização. A equipe do CAPS AD composta por cinco profissionais de nível superior e quatro de nível médio dividiu-se em duplas para as reuniões. Inicialmente foi realizado o acolhimento de dúvidas da equipe, a partir das quais se ouviram críticas e sugestões. Realizou-se o levantamento das principais queixas e demandas das equipes de UBS, criou-se uma agenda de reuniões semanais com a AB da sede da microárea e reuniões quinzenais com a equipe da AB distritos. Os profissionais colocaram-se disponíveis para contato via telefone, passaram a utilizar um livro para registro de toda atividade realizada entre as unidades. Percebeu-se após as primeiras reuniões de matriciamento, uma queda no número de encaminhamento de usuários com transtorno mental leve ao CAPS AD. O trabalho realizado motivou reflexões quanto à importância do trabalho compartilhado e da corresponsabilização no cuidado. O engajamento com a melhoria da assistência trouxe a iniciativa necessária para buscar recursos e evidenciar as demandas para a gestão municipal de forma a termos êxito na realização das ações de apoio.