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Caracterização do problema abordado: A rede de atenção à saúde mental é parte integrante do SUS, que tem como princípios: acesso universal público às ações e serviços de saúde, a integralidade das ações e a equidade de serviços. Dentro dessa lógica está situado o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas – CAPS AD- serviço específico para o cuidado às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool e outras drogas. Dentre as suas atividades está à visita domiciliar (VD), objetivando conhecer a realidade psicossocial e econômica do usuário e da família, complementando informações para o tratamento. Descrição da experiência (abrangência e atores envolvidos): Estando a Residência Multiprofissional inserida na rede de serviços do SUS e tendo como objetivo a formação em saúde de forma integrada, o CAPS se apresenta como oferta de campo de trabalho. Para uma completa formação é importante que o residente vivencie todas as atividades desenvolvidas neste dispositivo. Entre elas, a reunião em equipe, local potencializador de planejamento e direcionamento de ações, espaços de encontros coletivos (oficinas terapêuticas e assembleias­), além de  discussão de casos clínicos e identificação de demandas que requerem uma atenção mais estratégica. A VD, que faz parte do arsenal terapêutico dos serviços de saúde, surge como resposta a essas demandas, sendo executada pela equipe de saúde mental em articulação com a atenção básica. A experiência foi vivenciada em Porto Alegre por uma residente de Saúde Mental Coletiva inserida numa equipe de um CAPS AD. Em equipe, após perceberem a necessidade, houve o planejamento e a realização de uma VD. Esta contou com a presença da Terapeuta Ocupacional do serviço, a residente e uma agente comunitária de saúde, representando a Atenção Básica, tendo como  objetivo a busca ativa para investigar o motivo de evasão de uma usuária em tratamento no CAPS. Desafios, efeitos alcançados ou não e aprendizados obtidos: Atuar junto à esta equipe, indo de encontro à realidade vulnerável que se apresentou, foi essencial para se refletir no cuidado que ultrapassa a estrutura física do CAPS. Além do vínculo já estabelecido entre usuária e profissionais, que foi capaz de promover nestes um olhar sensível diante da recusa da mesma em recebê-los, mesmo sem motivos explícitos. Recomendações: Repensar estratégias que sensibilizem o usuário e deixem-no a vontade para relatar motivos que o impedem de prosseguir no tratamento, além de dar continuidade a ações como a descrita, fazendo valer as portarias governamentais e os princípios do SUS, fomentando no residente e no serviço práticas atuais de cuidado.