Introdução: Conforme Rasia (2004) os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) é uma afecção multicausal decorrente de uma série de fatores do trabalho que atuam de forma combinada. Nesta perspectiva, existe uma investigação ampla de cunho interdisciplinar e antropocêntrica que vise adaptar o trabalho ao homem. O projeto intitulado e a postura do dentista? Vem abordar tanto a postura corporal, intimamente relacionada com as consciências dos hábitos, quanto à postura do odontólogo no que se refere a seus atos de policiamento e cuidados da própria saúde, utilizada como meio de transformação física e social. Caracterização do Problema Abordado: A odontologia é uma profissão que exige precisão, suas atividades são intensas e repetitivas, além de serem realizadas por longos períodos, exigindo a manutenção da postura, ao mesmo tempo em que se deve estar atento aos procedimentos e materiais a serem utilizados, o que torna o trabalho fadigado e que pode gerar problemas de ordem física (KLEIN, 2004). Descrição da Experiência: A atividade iniciou-se por meio da aplicação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares aos odontólogos das ESF’s do município de Guanambi, pelos profissionais de fisioterapia e educação física do NASF. Seguida pela estratificação dos dados e organização dos resultados para uma posterior palestra e confecção de material educativo. Foram realizadas fotografias da postura de casa odontólogo no qual estes avaliaram a sua postura e ergonomia, todo esse processo buscou incentivar a auto percepção postural. Após a triagem constatou-se que 63,6% trabalham 08 horas por dia e 36,4% trabalham mais de 08 horas. O questionário apontou que os odontólogos sentem dores em diversos seguimentos corporais, principalmente pescoço, costas superiores e ombros. Apenas 54,6% afirmam realizar exercício físico. Quanto à aplicação do questionário, resumem-se alguns pontos cruciais, a exemplo de 81,8% acreditam que o ambiente de trabalho não oferece boa ergonomia, todos já sentiram ou ainda sentem dores e os mesmos acreditam que a postural pode diminuir os quadros álgicos. Considerações Finais: O projeto nos rende, mesmo que gradativamente a ideia de que é possível orientar e cuidar do usuário através da educação em serviço do cuidador, nesse caso o odontólogo, pois os níveis de quadro álgico são gradativos, e o exercício físico incipiente, inferindo a necessidade da ampliação do conceito e posterior disseminação de boas práticas sanitárias.

Referências Bibliográficas

KLEIN, A. A. Análise biomecânica da postura de trabalho dos cirurgiões-dentistas. 2004. 30 f. Monografia (Pós- Graduação em Fisioterapia do Trabalho) – Colegio Brasileiro de estudos sistêmicos, Curitiba, PR, 2004.

RASIA, D. Quando a dor é do dentista! Custo humano do trabalho de endodontistas e indicadores de DORT. 2004. 110 f. Dissertação (Mestrado em Área de concentração: Psicologia Social e do Trabalho – PST) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2004.