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A Atenção Primária à Saúde (APS) foi difundida a partir da Conferência de Alma- Ata em 1978. Na década de 80, com a criação do Sistema Único de Saúde, a APS ainda era seletiva, curativa e desarticulada. Somente na década de 90, começou-se a discutir sobre a integralidade da atenção e sobre a necessidade de modelos de atenção mais abrangentes para o país. Os serviços da APS devem estar orientados para a comunidade, considerando suas necessidades de saúde, com enfoque na família e com intuito de responder às necessidades de saúde de seus membros, reconhecendo as diferentes necessidades dos diversos grupos populacionais. Nesta perspectiva, este trabalho tem por objetivo conhecer e analisar os serviços do sistema de atenção básica prestados pela Unidade de Saúde da Família (USF) do Andaiá I e II do município de Santo Antonio de Jesus-BA, na óptica dos profissionais de saúde do referido município. Para realização deste trabalho, foram feitos registros fotográficos, uma breve observação do ambiente, uma entrevista aberta para coleta de dados básicos sobre a Unidade quanto à infraestrutura, recursos humanos, demandas, apoio do NASF e participação da comunidade na USF. E também, foram distribuídos para quatro profissionais da USF, questionários da ENSP/FIOCRUZ, que tem como tema o Sistema de Atenção Básica no Brasil. Diante da análise dos dados obtidos no questionário e comparando com a primeira visita realizada foi possível observar a realidade local dos usuários da USF do Andaiá I e II, a atuação dos profissionais e como o sistema é utilizado no dia-a-dia no que diz respeito ao acesso, informações e serviços. A expansão e a qualificação da atenção básica excedem a antiga e predominante teoria de caráter generalizante, exclusivamente centrado na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas democráticas e participativas. No entanto, como no caso da USF Andaiá I e II de Santo Antonio de Jesus, a APS é efetiva, mas ainda precisa ser fortalecida e fomentada. Faz- se necessário uma reorganização no sistema de saúde, especialmente no que se refere à APS incluindo a valorização dos profissionais que atuam na área, o reforço das relações interpessoais, permitindo a construção coletiva das ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde de maneira integral e continuada, bem como a descentralização dos recursos e o financiamento adequado para cada nível de atenção à saúde.