Introdução

A prevalência do diabetes mellitus está aumentando de forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países e gerando grande desafio para os Sistemas de Saúde de todo o planeta. O número de diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da crescente prevalência da obesidade e sedentarismo, das mudanças no estilo de vida da população, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM. Os ACS têm um papel fundamental na APS, dentre outros, de serem agentes disseminadores de informações importantes sobre as mais diversas patologias aos usuários da microárea de sua abrangência.

Objetivos

Capacitar os ACS da ESF 147 de Mossoró/RN, orientando-os de forma simples e objetiva acerca da definição de DM, seus tipos, principais sintomas, fatores de risco, complicações associadas e tratamento, a fim de que os mesmos atuem como disseminadores dessas informações e assim prestem uma assistência com maior qualidade aos pacientes diabéticos.

Método

Como projeto de intervenção de dois acadêmicos de Medicina, foi realizada uma palestra educativa pautada em um modelo dialógico, que valorizava a vivência e a experiência dos ACS na condução dos diabéticos de suas respectivas áreas. Para avaliar os resultados, os ACS se submeteram a um questionário antes e depois da intervenção, a fim de avaliar o conhecimento prévio e o adquirido pelos participantes. Além da palestra expositiva, abordando o tema DM, foi utilizado um Mapa de Conversação abordando o tema “O diabetes e o cuidado de seus pés”, com a finalidade de ilustrar melhor a problemática.

Resultados

A partir das conversas com os participantes e da análise das respostas dos questionários percebe-se que o projeto de intervenção acrescentou novas informações aos ACS e isso contribuirá para promoção de ações de saúde de maior qualidade para os pacientes diabéticos. Todos os participantes mostraram um incremento no número de questões acertadas, sendo o maior, de 10% de acertos, antes da capacitação, a 90%, após.

Conclusões

A oficina de capacitação com os profissionais de saúde permitiu a reflexão a respeito das práticas educativas e a discussão dos desafios e dificuldades para lidar com fatores que podem interferir no autocuidado do usuário no tratamento do diabetes. A partir de um trabalho interdisciplinar com profissionais motivados e capacitados, as práticas educativas em DM conseguem transpor algumas barreiras importantes.