Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, III Congresso Nordeste de Medicina de Família e Comunidade

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VIVÊNCIAS DE ESTÁGIO NA REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE: ESTRATÉGIA PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Janini Cristina Paiz, Maíra Boeno Maia, Quelen Tomé Pires, Carina Manara, Suzete Marchetto Claus

Última alteração: 2014-08-29

Resumo


Introdução: Os estágios de vivência na área da saúde constituem importantes dispositivos que permitem aos estudantes experimentarem um novo espaço de aprendizagem, entendido enquanto princípio educativo e espaço de desenvolvimento de processos de condutas multiprofissionais, formadores de trabalhadores comprometidos ética e politicamente com as necessidades de saúde da população. Objetivo: avaliar os impactos das vivências interdisciplinares realizadas pelos estudantes do Programa Nacional de Reorientação para o Trabalho em Saúde desenvolvido na Universidade de Caxias do Sul do ponto de vista da adequação da formação para atendimento das competências necessárias para o trabalho na rede de atenção a saúde do sistema público de saúde nacional. Metodologia: constituiu-se da análise dos impactos das vivências interdisciplinares realizadas pelos estudantes participantes do programa. Sendo esses acadêmicos dos diversos cursos da área de concentração da ciência da saúde que percorreram os diferentes cenários de prática profissional, serviços de: Urgência e Emergência, Atenção Básica, Atenção Psicossocial e Núcleos de Gestão. Em cada cenário de vivência os estudantes realizaram atividades previamente planejadas, tais como: identificação das características do local, dos nós críticos do serviço, confecção do fluxograma analisador e identificação dos princípios do serviço, identificaram quais as competências necessárias para atuar no serviço e analisaram o ensino da Universidade perante o perfil desejado para esse serviço. Resultados: As vivências de estágio possibilitaram o entendimento da rede de atenção a saúde, a identificação das características de cada serviço, bem como as legislações que regem o funcionamento dos mesmos de forma dinâmica contemplando a pedagogia construtivista, onde o estudante constrói aprendizagens por meio de situações viabilizadas pelo professor. A vivência permitiu ao estudante a aplicação das ferramentas de gestão em situações reais e a analise de forma crítico-reflexiva da sua formação, propondo possíveis melhorias/ mudanças curriculares. Conclusões: Destaca-se a interdisciplinaridade da vivência com fator responsável pela construção de aprendizagens significativas. As vivências permitiram a reflexão sobre as necessidades de mudanças na formação dos estudantes e; a identificação da interdisciplinaridade como ferramenta de construção de conhecimento e característica/competência necessária para trabalhar na rede de atenção a saúde.