Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciência da Informação

Tamanho da fonte: 
OS OBJETOS TIFLOLÓGICOS DO MUSEU DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
Débora de Almeida Rodrigues, Marcus Granato, Icleia Thiesen

Última alteração: 2015-12-18

Resumo


: Este trabalho tem por objetivo abordar a trajetória dos objetos tiflológicos (utilizados para educação de cegos) do Museu do Instituto Benjamin Constant (MIBC). O referido Museu foi organizado em 1933 nas dependências do Instituto Benjamin Constant, primeira instituição para a Educação de Cegos no Brasil, que foi fundada em 1854. Em suas primeiras décadas, o MIBC era similar a um gabinete  de curiosidades, funcionando desde então como extensão da sala de aula. De 1933 à década de 1970, a coleção de objetos históricos, tais como telas, bustos e mobiliário do séc. XIX, além de animais taxidermizados, fazia parte do acervo do citado Museu. Na década de 1990, novos objetivos surgem em função dos novos parâmetros educacionais direcionados a pessoas com deficiência visual no Brasil. O Museu sofreu uma reestruturação tentando consolidar-se como o primeiro museu tiflológico no Brasil, com um acervo semelhante ao Museu da Associação Nacional de Cegos Espanhóis (ONCE). Incluem-se nessa coleção Regletes, Sorobãs, Caixa para Aprendizado de Braille, Máquinas Brailler, Chapa para Cálculos Matemáticos, Cubaritmos, Thermoform, dentre outros. Para o estudo acerca dos objetos tiflológicos do Museu foram realizadas entrevistas tendo como embasamento teórico os fundamentos da História Oral temática. Foram ainda analisados os próprios objetos,  relatórios de diretores do Instituto Benjamin Constant no âmbito de suas gestões, além de fontes bibliográficas pertinentes ao estudo da Museologia e do Patrimônio. O MIBC acompanhou as instituições do gênero, seja ampliando suas coleções, seja disputando um espaço maior para abrigá-las. Embora tenha sofrido modificações estruturais, o MIBC não deixou de ser um museu escolar, fato presente no regimento interno do Instituto Benjamin Constant (1996). Caracteriza-se como o único museu tiflológico do Brasil, fato que o singulariza e seu acervo documenta a história da educação de cegos no Brasil.


Texto completo: PDF