Última alteração: 2015-12-12
Resumo
Este artigo tem origem em uma dissertação de mestrado. O objetivo foi investigar o uso que os alunos de graduação do ensino presencial fazem do material didático impresso elaborado para o ensino à distância. A base teórica foi construída a partir da literatura produzida pela Educação à Distância (EAD) no que se refere à abordagem das especificidades do material didático impresso; a contribuição da Ciência da Informação foi pautada no estudo do comportamento informacional e uso da informação. Com base no referencial teórico, a metodologia adotada no campo empírico recaiu sobre o estudo de caso; foram aplicados questionários aos alunos de graduação presencial do curso de Biomedicina da Universidade Federal Fluminense. A análise dos dados apontou uma contradição com a hipótese inicial da pesquisa, uma vez que apenas 20% dos respondentes afirmaram que utilizam o material didático impresso de Educação à Distância. Os motivos do uso por eles apontados são as qualidades e funções do tipo de material, a saber: ser uma fonte de informação complementar, elaborado em uma linguagem fácil, objetiva e didática, apresenta o conteúdo de forma resumida, facilita a compreensão, a organização do raciocínio e a otimização do estudo. Os motivos para os 80% dos respondentes não usarem o material próprio do ensino à distância foram: desconhecimento, desinteresse, falta de necessidade e opção pelos livros do ensino presencial. Na conclusão da pesquisa ficou evidenciado que o uso do material adotado pode contribuir para melhores resultados no processo de aprendizagem por parte dos alunos do ensino presencial. Finalmente, foram apontadas ações que as Bibliotecas Universitárias podem realizar para aumentar e estimular o uso do material didático impresso da modalidade à distância pelos alunos do ensino presencial.