Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciência da Informação

Tamanho da fonte: 
AS AÇÕES DE INFORMAÇÃO PARA A SEGURANÇA: UMA ANÁLISE SOBRE A ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA DO BRASIL
Bruno Macedo Nathansohn

Última alteração: 2015-12-16

Resumo


Trata-se da apresentação de resultados preliminares, de cunho teórico, de uma pesquisa sobre o dilema enfrentado pela projeção de poder do País no contexto internacional. Apresenta-se a importância da informação, como recurso de poder, na história de consolidação do Estado brasileiro, esclarecendo que sua natureza e conformação não é devidamente contemplada pelos formuladores estratégico do País. Apesar da publicação, em 2008, da Estratégia Nacional de Defesa, não se faz presente um pensamento articulado, de forma integrada, do papel da informação como fenômeno estratégico. O que existe é a apresentação das áreas de atuação nas quais as forças armadas devem atuar, a saber: cibernética, nuclear e espacial. A hipótese, no entanto, é que essas áreas são ações de informação e, como tal, precisam ser medidas pelos objetivos sobre os quais se orientam, e pelo contexto histórico e político onde se situam e se desenvolvem, como um regime de informação. Nesse sentido cabem as seguintes perguntas que orientam a pesquisa: (a) até que ponto a informação teria o poder de redefinir o papel do Estado como legitimador da segurança? (b) qual o nível de importância da informação na poposta apresentada pela Estratégia Nacional de Defesa? A metodologia envolveu, numa primeira etapa, revisão de literatura sobre os temas do poder, da violência, do papel do Estado nas Relações Internacionais, e uma análise sobre o conteúdo da Estratégia Nacional de Defesa. Os resultados preliminares apontam que as ações de informação em segurança internacional são marcadas pelo dilema entre cooperação e segredo. Esses dois elementos são característicos de um regime que, ao contrário de ser harmônico e restrito a relações de trocas recíprocas, forjam-se a partir do conflito e da tensão, mesmo que sob a orientação de tratados e acordos.

Texto completo: PDF