Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciência da Informação

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Humanidades Digitais: um campo praxiológico para Mediações e Políticas Culturais?
Marco Antônio de Almeida, Ieda Pelógia Martins Damian

Última alteração: 2015-12-12

Resumo


O objetivo do trabalho é abordar as relações entre as tecnologias de informação e comunicação e sua apropriação em termos de mediações e políticas culturais institucionais. Procurou-se compreender como o ciberespaço passou a ser utilizado como um espaço de mediação de um conjunto de atividades, abrindo a possibilidade de construção de repertórios culturais digitais. Trata-se de um processo emergente de constituição do espaço social, como também um novo ambiente de desenvolvimento das mediações e das políticas culturais, configurando um novo campo de estudo que é o das Humanidades Digitais. Realizou-se um breve histórico desse campo e de sua incidência no Brasil. Paralelamente, foi feito um estudo exploratório a partir do mapeamento dos sites institucionais de museus e centros culturais na região Oeste do Estado de São Paulo. Consideramos iniciativas que envolvem a digitalização de documentos e acervos pré-existentes, assim como a criação de novos acervos ou de novas formas de difusão e acesso à cultura por meio de tecnologias digitais, ou a combinação destas ações às formas tradicionais de mediação e intervenção cultural. Algumas iniciativas foram selecionadas para uma abordagem mais detalhada desses processos, para obter elementos para uma melhor compreensão das características gerais e especificas de ações e políticas culturais levadas a cabo nesses contextos e suas apropriações das tecnologias digitais. Refletiu-se, assim, acerca de possíveis marcos analíticos a partir da convergência ou similitude das propostas das Humanidades Digitais com o campo das Ciências Sociais e da Informação. Constatou-se que as iniciativas de aplicação de tecnologias em geral não são desenvolvidas em todo seu potencial, perdendo-se assim a oportunidade de criar um novo tipo de experiência e relação entre os usuários e as instituições. Sem identidade própria, a informação em suporte digital não oferece vantagens substanciais em relação à informação em suporte analógico.

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