Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciência da Informação

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A PARTICIPAÇÃO FEMININA NO ESFORÇO DE PESQUISA REALIZADO NA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Jeorgina Gentil Rodrigues, Maria Cristina Soares Guimarães

Última alteração: 2015-12-19

Resumo


O presente estudo teve por objetivo delinear a participação feminina no esforço de pesquisa realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, especialmente nos anos recentes. A fonte inicial para levantamento de dados foi a Diretoria de Recursos Humanos da Instituição, com vistas a identificar o contingente de servidores e servidoras com titulação de doutorado. Até maio de 2012, havia na Fundação Oswaldo Cruz um total de 1.064 servidores com titulação de doutorado, sendo 654 (61,5%) mulheres e 410 (38,5%) homens. Consulta ao Portal Transparência (http://www.portaltransparencia.gov.br/), permitiu identificar o total de servidores que entraram por concurso público, e que no momento do estudo possuíam titulação de doutorado, identificou um total de 571 servidores, sendo 346 (60,6%) mulheres e 225 (39,4%) homens. A partir desse universo, o passo seguinte foi a busca dos respectivos currículos cadastrados na Plataforma Lattes, utilizando-se a ferramenta ScriptLattes (http://scriptlattes.sourceforge.net). As análises realizadas cobriram o período 1996-2013. O total de referências foram migradas e tratadas no software VantagePoint®, o que permitiu análises quantitativas da produção acadêmica e técnica, das orientações, do acesso às bolsas de produtividade e de prêmios. Os resultados apontam que ainda que a produção bibliográfica das mulheres em números absolutos seja maior que a dos homens, a média de artigos publicados pelos homens (19,2 artigos/homem) é 51,6% maior que a produção pelas mulheres (12,6 artigos/mulher). Os dados sugerem, no geral, segregação hierárquica (ou vertical), fenômeno conhecido na literatura como “teto de vidro”, caracteriza-se pela menor velocidade na ascensão da carreira pelas mulheres, em comparação com a progressão profissional masculina, o que resulta na sub-representação das mulheres nos postos de tomada de decisão e, consequentemente, limita o alcance de posições de maior prestígio na Instituição.


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