Última alteração: 2016-11-21
Resumo
A redução ao indivíduo ou átomo, típica da ciência analítica, disciplinar, ganhou o apodo “reducionismo” para denunciar sua inadequação para abordar problemas concretos e complexos. O sistemismo de Mario Bunge critica a redução disciplinar, mas também a “redução ao todo” das abordagens holistas, que negam a possibilidade de analisar para explicar. Este artigo objetiva apresentar a redução ao sistema, operação epistêmica fundamental do sistemismo, com ênfase em sua aplicação na ciência da informação. Os fundamentos do sistemismo são descritos, especialmente seu metamodelo de sistema CESM ou composition-environment-structure-mechanism, base da redução sistemista. Uma disciplina de pós-graduação que estuda e aplica o CESM é apresentada, incluindo um método de modelagem em desenvolvimento, ilustrado com a elaboração de modelos no contexto da ciência da informação. Com isso, buscamos evidenciar o potencial do sistemismo para estudar efeitos sistêmicos, inclusive os contraintuitivos, em melhores condições que sob abordagens reducionistas ou antirreducionistas.